A criação da fonte OCR-A e sua variante
Por TNB.studio | 15/03/2021 | DesignA fonte OCR-A foi desenvolvida para atender às especificações impostas pelo Instituto Nacional Americano de Padrões para o processamento de documentos por bancos, empresas de cartão de crédito e outras organizações.
A OCR-A foi projetada especificamente para ser “lida” por equipamentos de digitalização — por isso o nome OCR (Optical Character Recognition) ou Reconhecimento Ótico de Caracteres, em português — e poderia ser usada para processar grandes quantidades de formulários através de máquinas.
Esta fonte se diferencia pela largura uniforme das letras (característica conhecida como monoespaçamento) e pelo uso de traços simples e grossos.
OCR-B: uma nova variante
Após a OCR-A ser considerada inadequada para uso na Europa, em 1968, a Monotype, empresa especializada em fontes, encomendou ao designer suíço Adrian Frutiger a criação de uma variante da fonte para atender aos padrões da Associação Europeia dos Fabricantes de Computadores para uso em produtos “lidos” tanto por dispositivos eletrônicos quanto por pessoas.
Combinando critérios matemáticos específicos com tradição tipográfica, Frutiger solucionou questões técnicas e estéticas para criar formas de letras mais legíveis ao olho humano do que a maioria das outras fontes OCR.
Assim, em 1973, a fonte OCR-B criada por Frutiger se tornou padrão mundial.
Como as fontes monoespaçadas e baseadas em grade eram populares entre os designers há muito tempo, o OCR acabou se tornando uma importante inspiração para outras fontes, como Data 70 (1970), Fiber Eno e Carbon C6 (2006), e Tephra (2008)
Contudo, as fontes que ganharam maior destaque foram aquelas desenvolvidas pelo designer holandês Wim Crouwel: New Alphabet (1967) e Gridnik (1976).
A fonte New Alphabet
Caracterizada por não ter curvas nem linhas diagonais, a New Alphabet foi apropriada e adaptada pelos designers Peter Saville e Brett Wickens do Estúdio Pentagram, em 1987, para a utilização na capa do álbum “Substance” da banda britânica Joy Division.
The Phaidon Archive of Graphic Design - ID 1041
A partir daí, toda uma nova geração de jovens designers foi inspirada.
Embora a tecnologia de reconhecimento ótico de caracteres tenha avançado a ponto de tornar desnecessária a utilização de fontes simples, as topografias OCR-A e OCR-B continuam sendo usadas, principalmente em cheques e cartões de crédito.
Inclusive, algumas empresas de serviços públicos insistem que o número da conta e o valor devido em formulários de devolução de fatura também sejam impressos em OCR.
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